Adão de Souza Ribeiro
Maria Júlia todos os dias
Ia buscar água na fonte.
Como era bonita a guria
Trazia a água de monte.
O que ela trazia na jarra
Era como dádiva do céu
E daquele peito jorrava,
Desejo vertido em mel.
Eu ficava lá no caminho
Contemplando a beleza
E se hoje choro sozinho
É por perder a princesa.
Não voltou a Maria Júlia
Para buscar o que atraía
E se perdeu em lamúria
Vendo a água que corria.
Peruíbe SP, 28
de abril de 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário