sexta-feira, 10 de abril de 2020

O TREM DA ESPERANÇA


Adão de Souza Ribeiro


Na estação da Noroeste, lá longe,
Ali o povo aguarda muito ansioso.
Com aquela paciência de monge,
O trem no seu caminhar vagaroso.


Os vagões presos pela locomotiva,
Carregam sonhos sobre os trilhos.
Para a terra distante e convidativa,
Mas para mãe, saudade dos filhos.


Cortando túneis, serras e colinas,
O futuro espia a vida pela janela.
Como mansas águas cristalinas,
A vigiar o destino, feito sentinela.


Na linha do horizonte vai o trem,
Com a missão de levar a quimera.
No seu caminhar, num vai e vem,
Eu queria ser ele, quem me dera!


Peruíbe SP, 11 de abril de 2020.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito boa, nos faz pensar poeticamente nos tempos de criança e ao mesmo tempo no amor interno e externo ...