Adão de Souza
Ribeiro
Na estação da Noroeste, lá longe,
Ali o povo aguarda muito ansioso.
Com aquela paciência de monge,
O trem no seu caminhar vagaroso.
Os vagões presos pela locomotiva,
Carregam sonhos sobre os trilhos.
Para a terra distante e convidativa,
Mas para mãe, saudade dos filhos.
Cortando túneis, serras e colinas,
O futuro espia a vida pela janela.
Como mansas águas cristalinas,
A vigiar o destino, feito sentinela.
Na linha do horizonte vai o trem,
Com a missão de levar a quimera.
No seu caminhar, num vai e vem,
Eu queria ser ele, quem me dera!
Peruíbe SP, 11
de abril de 2020.
Um comentário:
Muito boa, nos faz pensar poeticamente nos tempos de criança e ao mesmo tempo no amor interno e externo ...
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