segunda-feira, 6 de abril de 2020

A BARRACA


Fábio José da Silva


Naquela família de italianos,
Não houveram militares,
Só paisanos,
Estavam fadados, sem saber,
a um projeto feliz,
De juntar jovens,
Numa barraca raiz...
Na pequena cidade,
Aquele senhor “italiano”,
que não tirava o guardanapo do
ombro...
O mesmo ombro amigo, que ouvia os
reclamos, de jovens desassistidos,
Viraram seus amigos, protegidos...
Os salgados do fim da noite – não
contem – eram doados, divididos...
Seu coração partido...


Local de chegadas e partidas,
A barraca registrava...
Jovens deixando sua terra,
Paisagem na janela...


Lá se comemoravam as conquistas,
Do campo e da bola pesada,
Quantos campeonatos,
emoção imaculada...


A barraca tinha que dar certo,
Nossa senhora de frente, por perto...


Está no arquivo da afetiva memória,
Pela perseverança dos
ítalo-brasileiros...
Homens rudes, verdadeiros...
Para sempre na nossa história...


Os netos hão de ser orgulhar,
Não foram apenas comerciantes,
vivendo do lucro, incessante...
Foram aglutinadores,
somos admiradores,
Italianos vencedores,
Do seu tempo, da sua terra, amantes!


Lins SP, 05 de abril de 2020. 

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