quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MARIA, MINHA MARIA

Ah, Maria
Quantas noites
Quantos dias.
Sem teu calor
Quanta agonia.

Ah, meu amor
Sem teu olhar
Sem teu desejo
Eu deliro
Sofro e pelejo.

Ah, Maria
Nesse mundo
De fantasia
Me embriago
De alegria.

Ah, ternura
Minha ilusão
Meu delírio
Sem teu olhar
Perco a razão.

Ah, Maria
Minha ternura
Meu desejo
Sem teu afago
Quanta loucura!

Peruibe SP, 31 de agosto de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SONHOS E FANTASIAS

Onde andam minhas fantasias
E os meus sonhos desvalidos?
Será que voam como cotovias,
Desafiando vales e perigos?

Minha doce e bela inocência
Por onde, meu Deus, passeia?
Será que em verde querência,
Mares revoltos, feito sereia?

E a minha saudosa terra natal
Emoldurada num velho quadro
Já foi varrida por um vendaval
Sem olhar para o seu passado?

Nos longos caminhos do tempo,
Sem que perceba a frágil vida.
A esperança dorme ao relento
Chorando por colo e guarida.

Mas entre tantos sorrisos e choros,
Renasce a minha velha esperança
E sei que de saudade ainda morro
Do meu tempo de inocente criança.

Peruíbe SP, 29 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

GALOPES DA INFANCIA

Lá vem minha infância
Montada num alazão
Galopando no tempo
Sem pressa, sem razão.
Lá vem minha infância
Em noites de sereno
Com olhar no passado
Brincando de inocente.
Lá vem minha infância
Correndo pela calçada
Saudando a sua vida
E dela achando graça.
Lá vem minha infância
Vestida de rara beleza
Numa linda constelação
De milhões de estrelas.
Lá vem minha infância
Banhada de santidade
Tão bela e tão simples
Despida de vaidade.
Lá vem minha infância
Assim de pulo em pulo
E também lá vou eu
Sem pensar no futuro.
Peruíbe SP, 23 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

MINHA SINA

Amo-te, mulher tímida
Em silêncio.
Amo-te, mulher alegre
Aos quatro ventos.
Amo-te, mulher fogosa
Em fogo ardente.
Amo-te, mulher caseira
Sob o lençol.
Amo-te, mulher delicada
Com ternura.
Amo-te, mulher carinhosa
Cheirando rosa.
Amo-te, mulher pequena
Assim sem jeito.
Amo-te, mulher morena
Da cor do pecado.
Amo-te, mulher triste
Num simples olhar.
Amo-te, mulher feminina
De jeito diferente.
Enfim, amo todas as mulheres
Essa é minha sina.
Peruíbe SP, 11 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

AMIGOS FIEIS

Há um homem
Dormindo na praça
Não sei se de sono
Ou de cachaça.
O homem dorme
Assim no sereno
No sono tranqüilo
De sonho pequeno.
Um cão sem dono
E sem raça
Vela seu silêncio
Que vida sem graça.
Enquanto dormem
Na paz do cansaço
A cidade caminha
Em busca de espaço.
E se suspiram
Longe do mundo
Assim sem medo
É que são puros.
O cão e homem
São fiéis amigos
E assim se protegem
De tantos inimigos.
Peruibe SP, 02 de agosto de 2011