Onde andam minhas fantasias
E os meus sonhos desvalidos?
Será que voam como cotovias,
Desafiando vales e perigos?
Minha doce e bela inocência
Por onde, meu Deus, passeia?
Será que em verde querência,
Mares revoltos, feito sereia?
E a minha saudosa terra natal
Emoldurada num velho quadro
Já foi varrida por um vendaval
Sem olhar para o seu passado?
Nos longos caminhos do tempo,
Sem que perceba a frágil vida.
A esperança dorme ao relento
Chorando por colo e guarida.
Mas entre tantos sorrisos e choros,
Renasce a minha velha esperança
E sei que de saudade ainda morro
Do meu tempo de inocente criança.
Peruíbe SP, 29 de agosto de 2011
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