sábado, 31 de dezembro de 2011

A MAGIA DO BEIJO

Anjo, quando teus lábios carnudos
Tocam os meus em louco frenesi,
Embriago sem sentido, fico mudo
Parece que a felicidade nasce ali.

Eu bebo naquela fonte de desejo,
Mel que emana de tuas entranhas
Entrelaça-me em ti e quando vejo,
Sou um escravo de tuas manhas.

O teu corpo suado feito cachoeira,
Transforma o leito em correnteza.
E fazes mil loucuras á noite inteira,
Ama, delira, geme, minha princesa.

Teus olhos brilham de delírio tanto,
Enquanto acaricio teu corpo macio.
E o teu beijo ardente, com encanto,
Dá-me prazer, paz e causa arrepio!

Peruíbe SP, 31 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

ESTRADA DA VIDA

Oh, meu Deus, quantas estradas percorri
Em busca dos sonhos, em busca de mim.
Procurei por todos os lugares, aqui e ali,
Numa busca louca e numa luta sem fim.

Fiz mágicas, sonhei e quebrei segredos,
Não desisti, porque essa é a minha sina.
Pois a felicidade e a paz dormem cedo,
No colo da vitória, assim a vida ensina.

Recolhi todos os cacos da minha vida,
Que fui deixando pelo meu caminho.
Eu fiz como o pássaro, que na sua lida,
Junta os galhos para formar seu ninho.

Mas essa busca que tanto me magoa,
Um dia, meu Deus, há de ter seu fim.
Sei que minha jornada não será à toa,
Hei de resgatar o que fugiu de mim.

Peruíbe SP, 25 de dezembro de 2011

A CANÇÃO DA CHUVA

Ouço a canção doce da chuva
Que em nota, de pingo a pingo,
Massageia como a suave luva,
Este meu coração, de menino.

Na dança das gotas, a melodia
Faz relembrar a tenra infância.
Que o poeta na asa da cotovia
Tocava a flor e sua fragrância.

A chuva, canta a linda canção
Que o coração feliz escreveu.
E a amada com toda a razão,
Faz dele seu amor e se deus!

A chuva calma corre pela rua
Em busca do seu rio e do mar
É como o poeta a amada sua,
Encontrasse-a no verbo amar.

O cheiro doce da relva molhada
Desperta no poeta, seu desejo
Que desliza no corpo da amada
A chuva pára, mas não o beijo.

A amada sacia e o poeta ama,
A chuva segue, a noite chega.
E os dois cansados na cama,
Dormem em paz, assim seja!

Peruíbe SP, 25 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PROMESSA DE AMOR

Se Maria não amasse tanto José
Se José não amasse tanto Maria
Numa promessa de amor, de fé
Não haveria felicidade e poesia.

Mas por Maria amar sem medo
E José amar sem tanto mistério
Buscaram o prazer muito cedo,
Não levaram a vida tão a sério.

Se Maria encontrou felicidade
José fez do sonho um poema,
Quando era noite, bem tarde
No leito dormia sua pequena.

Maria declarou de tanto amor
Que não viveria sem o amado.
De prazer, o céu emocionou
E ele a possui quieto e calado.

Maria edificou seu sagrado lar
E José fez dela, linda princesa.
E assim, sob a luz do belo luar
Viveram felizes, assim seja!!!

Peruíbe SP, 20 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MENINO SOLITÁRIO

O menino caminha sozinho,
Por uma estrada tão infinita
Inocente, com pouco aninho
Nada preocupa e nada agita.

Em passo compassado, lento
Traça o seu sonho de futuro.
Ele rema ao sabor do vento,
Vencendo procelas e muro.

No caminho as pedras que vê
Com elas decora sua viagem.
Antes de seu doce alvorecer,
Faz da luta, linda paisagem.

O menino sabe que a sua luta,
Não será vã, nessa caminhada.
E que sua vitória só será justa,
Se ele estiver com sua amada.

Peruíbe SP, 14 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O AMOR E O PRAZER

Hei de tocar teu corpo mulher
Como se toca a pureza da flor
Sentir a flagrância da tua alma
Com a leveza deste meu amor.

E sobre o lençol em desalinho
Arrancarei os cálidos gemidos
Que teu prazer em burburinho
Jamais sentiu em tempos idos.

Saciarei o teu desejo ardente
Feito cascata com meu beijo,
Pois eu sei o que o sexo sente
Quando já saciado de desejo.

Quando chegar a aurora boreal
E amada já estiver toda saciada
Direi que a felicidade é sim real
E que eu não a troco por nada.

Peruíbe SP, 12 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

O VOO DA LIBERDADE

Quero voar na asa da cotovia
Por toda esta linda imensidão.
Pois sei que serei feliz um dia,
Saibam, quer queira que não!

Hei de rasgar todo o horizonte
Num vôo solene de muita paz
E transporei barreira e monte
Por quanto tempo, tanto faz.

E lá bem do alto do meu sonho
Bem antes que eu me esqueço
Direi feliz, em paz e tão risonho
Esta felicidade não tem preço.

Voarei em busca do meu futuro,
Com toda força da minha alma.
Lutarei contra o mundo, eu juro,
Para pousar no colo da amada!

Peruíbe SP, 04 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

TRISTE CANARIO

Há um canário triste, preso na gaiola
Enfadonho, com seu olhar no infinito
E canta e contempla e canta e chora
Sua melodia é dor, seu hino um grito.

Do pouco alpiste que ele se alimenta
O seu desejo de liberdade nada altera
Porque a vida caminha assim tão lenta
Como se tudo fosse sonho, e quimera.

Mas ele se alegra, pula, sofre e canta,
E espia ao longe a beleza da floresta.
Tem um coração bom e a alma santa,
Sonha em paz com o tempo que resta.

A melosa canção que entoa o canário,
Cujas estrofes, um dia, a vida escreveu
É o retrato fiel de um saudoso cenário
Que o tempo reservou-lhe, meu Deus!

Peruíbe SP, 03 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SONHO DE CRIANÇA

Quando criança e, ainda, na idade tenra,
Pensava que o mundo era conto de fada
O futuro, um sonho, conto e uma lenda,
Assim vivia e nada mais me preocupava.

A vida passou depressa, passou o tempo
Pelas ruas descalças da minha infância,
E o sonho partiu quieto, em passo lento
Deixando para trás, a ilusão de criança.

A criança singela da cidade interiorana,
Aprendeu que a vida é um belo desafio
Luta muito pela felicidade, não se cansa
Como um náufrago na correnteza do rio.

A criança inocente guarda na memória,
O dia que descobriu o amor e o prazer
E fez da felicidade a sua eterna história
No leito da amada, num bem querer!!!

Peruíbe SP, 02 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TESOURO PERDIDO

Quando pensei que tudo estava acabado
Achei um tesouro numa curva da estrada
Sem pressa, parti feliz num cavalo alado,
Para esculpir o corpo da mulher amada.

Então a caminhada tornou-se prazeirosa
Por isso, deixei de ser infeliz como antes.
E assim, entre sonhos, prazeres e rosas,
O futuro foi desenhado como diamante.

Hoje, não sei o que é caminhar sozinho
De mãos dadas com o amor e a alegria
Eu sigo em paz por um suave caminho,
Em busca do sonho que sonhei um dia.

Quando o sonho assim se materializa,
E passa ser uma bela e doce realidade
Faz da vida, um quadro de Monaliza,
Da felicidade, do amor a imortalidade.

Peruíbe SP, 01 de dezembro de 2011