segunda-feira, 13 de abril de 2020

MAMÃE



Herbis Zeferino Gonçalves
Curió


Quando estou, às vezes, muito triste
Mas, muito triste desta minha vida
Uma sombra piedosa, me assiste
Vem consolar minha alma dolorida.


Sombra de alguém, que já não mais existe
Da saudosa mamãe, longe e perdida
Que sabe de onde está, quando estou triste
E vem, depressa, me consolar, enternecida.


Mergulhando num êxtase manso e breve
Sinto a chegar-se a mim, muito de leve
Toda cheia de tanto amor e desvelo.


E, como se menino ainda eu fosse
Num gesto maternal, divino e doce
Com as suaves mãos, acaricia meu cabelo.


Lins SP, 12 de dezembro de 1980.

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