sexta-feira, 24 de abril de 2020

VELHO PORÃO


Adão de Souza Ribeiro


No porão da minha velha memória,
Guardo tanto segredo a sete chaves.
Antigo entulho ao longo da história,
Vou eternizá-lo, que nunca se acabe


Lá o cadeado do medo tranca a porta,
Para que não descubra o meu defeito.
Se eu já levei uma vida reta ou torta,
Hei de ser perdoado e tudo tem jeito.


Lá escondi os sonhos e tanta tristeza,
Até aquela saudade toda empoeirada
Da mulher amada, da minha princesa,
Que foi esquecida ao longo da estrada.


 Preciso varrer tudo o que me repulsa
Perder este medo e criar logo atitude,
Não esconder o sentimento de culpa.
No velho porão da minha juventude!!


Peruíbe SP, 25 de abril de 2020.

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