terça-feira, 7 de abril de 2020

O ESQUADRÃO DO NOSSO TEMPO


Fábio José da Silva


Que tempo bom...
tínhamos muitos irmãos...
Pois muitos daqueles senhores,
eram de todos – benfeitores...


Não esqueço também das senhoras,
mulheres de todas as horas...
algumas anônimas,
outras protagonistas,
Na minha memória batalhadoras...


A primeira injeção, não chora não,
seu Zeca, era sempre plantão...


A bola nossa paixão,
eles estavam lá,
Não podia “falta”...
Urbano, Eduardo, Zaia e Tonhão...
Um quarteto fantástico, de coração...


O craque do time?
Mauro Xisto, o leitão...


Na religião, dividiu a cidade,
causou alvoroço, uma revolução...
Augusti foi o Cristo anti Cristo,
Dos pobres o respeito, amados sem
pires na mão...


No Belmiro Rocha, grande era a
competição,
Na fila do refeitório, havia uma
combinação,
eu gosto da sopa, não gosto não...


Nossas educadoras,
verdadeiras doutoras...
Se impunham com conhecimento
E régua na mão...
Neusa, Marlene, Ivonete... ninguém
esquece...


Brinquei nas obras do hospital,
Que orgulho da terra natal...
Mas me lembro, do dedicado
médico, oriental,
Que abraçou aquela obra
monumental...
Dr. Seisu, meu primeiro socorro, lá estava ele,
O salvador do nosso medo,
do nosso desterro...


Uma cidade de cozinheiras,
De mão cheia,
Dona Beatriz, bem representava,
As mãos de fada...


Meus bares, meus botecos,
os homens honestos,
Cerveja gelada, na comemoração...
Choiti, Júlio, Raul e Pedrão...
Algum fiado ficou pra próxima
encarnação..


Haviam lá os invisíveis,
Batucadas, Morotos e o Dedão,
sobrevivência,
Resignação...
Enxada na mão... o sol não dava
trégua...
não havia proteção...
nosso perdão...


Pedreiros penseiros, NÃO...
Mestres de obras, ergueram nossas
casas, nosso sonho, nossa ilusão...


Nelson, Chico, Zezinho... nosso
carinho...


O Juiz de menor, era nosso algoz...
Que medo... que medo...
Seo João Cagacebo...
Não fique rindo...
É nome de passarinho...


A colônia japonesa, quanta destreza,
sabedoria, dedicação...
Sete de Setembro, uma só nação...


São muitos personagens, nossas
Homenagens, nossa gratidão!


Lins SP, 07 de abril de 2020.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa que saudosismo bom, tempos de muita alegria e simplicidade, que nos remonta e desmonta, lágrimas, simples assim ...