sábado, 14 de março de 2020

ANOS DOURADOS


Adão de Souza Ribeiro

Lá se vai os anos dourados.
Fugindo por entre os dedos.
Eles têm que ser resgatados
Guardam preciosos segredos.


Adolescência tão pura e bela,
Na aula e sentada na carteira.
De joelho no banco da capela,
Obedecia às ordens da freira.


Sempre atentos e inteligentes
Aqueles amigos fiéis e eternos
Marcaram a vida para sempre
Nas páginas do velho caderno.


Tímidos e outros extrovertidos
Uns bens abastados outros não
Certo que eram todos queridos
Eternizados no altar do coração.


Cada um trilhou o seu destino,
E foi em paz seu sonho sonhar.
Antes o passado compôs o hino
De glória sob a linda luz do luar.


O tempo passou, passou o tempo.
Foi à infância e veio à longevidade
E nas asas, nosso bondoso vento,
Trouxe de volta tamanha saudade.


A saudade que jamais se esquece,
E que a tempestade não se apaga.
Agora nós vamos rezar uma prece.
Para que essa voz não se embarga.


Auxiliadora, nossa doce senhora,
Ilumina seus filhos e nos proteja.
E conceda a graça como outrora.
Para sempre amém, assim seja!


Madre protetora tenha em mente.
Sabes, teus filhos obedientes são
E isso ficou gravado para sempre:
Somos todos alunos do Terceirão.
Peruíbe SP, 14 de março de 2020

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