Adão de Souza
Ribeiro
Lá se vai os anos dourados.
Fugindo por entre os dedos.
Eles têm que ser resgatados
Guardam preciosos segredos.
Adolescência tão pura e bela,
Na aula e sentada na carteira.
De joelho no banco da capela,
Obedecia às ordens da freira.
Sempre atentos e inteligentes
Aqueles amigos fiéis e eternos
Marcaram a vida para sempre
Nas páginas do velho caderno.
Tímidos e outros extrovertidos
Uns bens abastados outros não
Certo que eram todos queridos
Eternizados no altar do coração.
Cada um trilhou o seu destino,
E foi em paz seu sonho sonhar.
Antes o passado compôs o hino
De glória sob a linda luz do luar.
O tempo passou, passou o tempo.
Foi à infância e veio à longevidade
E nas asas, nosso bondoso vento,
Trouxe de volta tamanha saudade.
A saudade que jamais se esquece,
E que a tempestade não se apaga.
Agora nós vamos rezar uma prece.
Para que essa voz não se embarga.
Auxiliadora, nossa doce senhora,
Ilumina seus filhos e nos proteja.
E conceda a graça como outrora.
Para sempre amém, assim seja!
Madre protetora tenha em mente.
Sabes, teus filhos obedientes são
E isso ficou gravado para sempre:
Somos todos alunos do Terceirão.
Peruíbe SP, 14
de março de 2020
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