Adão de Souza Ribeiro
Por onda as minhas asas
E os pés correndo por aí?
Estava em todas as casas,
Menino peralta feito saci.
A mente vai muito longe
Aonde não se vai o corpo
Já foi forte como bronze,
Hoje segue caminho roto.
E se hoje o passo é lento
Não tem pressa pra nada
Sabe que um dia o vento
Encontra-o lá na estrada.
Amigo é uma andorinha,
Se vai partir em revoada
Deixa a alma ali sozinha
A amizade não vale nada.
Sem dó a vida prega peça
Final que não se imagina.
E o enredo sai às avessas
Vem morte fecha cortina.
Se o tema não lhe agrada
Sendo ele tão enfadonho
Certo que de madrugada,
Terá o mais lindo sonho.
A cada passo a conquista
De quem vive de tanta fé.
Embora ninguém acredita,
Irmão de Cristo e de José.
Se Jesus passou por isso,
Venceu pesado calvário.
A cruz será meu abrigo,
Ao percorrer o itinerário.
Mão esquerda não acena
E já fez o que a outra faz.
Por aí se vai este mecenas
E escreve o que lhe apraz.
Não adianta querer o luar
Eu sei que a dor é minha.
Porque sou só a avezinha
Com vontade sair e voar!
Peruíbe SP, 14 de
março de 2021.
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