quarta-feira, 3 de março de 2021

A CRUZ

 

Adão de Souza Ribeiro

Lá vem um homem sozinho

Do escuro em direção à luz,

Cabisbaixo por um caminho

No ombro mais pesada cruz.

 

Corpo suado e tão surrado,

De quem sofreu suficiente.

Que acredita do outro lado

Mora a paz de tanta gente.

 

Naquele seu velho calvário

Não teme chibatas da vida.

A fé canta como o canário,

Alma é livre na vinda e ida.

 

Não importa qual passado,

Sob sol quente e luz da lua.

Quem carregará seu fardo,

Ninguém, tal cruz é só sua.

Peruíbe SP, 03 de março de 2021.

 

 

 

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