Adão de Souza
Ribeiro
Lá vem um homem sozinho
Do escuro em direção à luz,
Cabisbaixo por um caminho
No ombro mais pesada cruz.
Corpo suado e tão surrado,
De quem sofreu suficiente.
Que acredita do outro lado
Mora a paz de tanta gente.
Naquele seu velho calvário
Não teme chibatas da vida.
A fé canta como o canário,
Alma é livre na vinda e ida.
Não importa qual passado,
Sob sol quente e luz da lua.
Quem carregará seu fardo,
Ninguém, tal cruz é só sua.
Peruíbe SP, 03 de
março de 2021.
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