sexta-feira, 1 de abril de 2022

O VENENO

 

Adão de Souza Ribeiro

Bradam que o veneno mata,

Mas o amor mata bem mais.

Para uma mulher tão ingrata,

Se morrer de tédio tanto faz.

 

A saudade doida que sufoca,

Vem ataca o coração, o peito.

Sentimento perde a sua rota,

Nada agrada e não tem jeito.

 

A mente sofre de devaneios,

Quem de ilusão se alimenta.

Não desvencilha dos enleios,

Como uma cobra peçonhenta.

 

Sabe, não há antidoto certo,

Quem for picado pelo amor.

E o único alento é um verso.

Seja feliz como o beija-flor!

 

Peruíbe SP, 01 de abril de 2022.

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