Adão de Souza
Ribeiro
Perdoa-me, minha amada
Se eu lhe desejei um dia.
Foi o momento de agonia,
De uma triste madrugada.
Estava só e sem
ninguém,
Desejava o calor feminino
Meu coração em desatino
Eu acho que não convém.
Mulher, de mim não caçoa
Se aqui de tristeza eu choro
Sou como o pássaro canoro
Que sai a vagar por aí à toa.
Querer jamais foi um erro
Beijá-la é desejo da carne.
Sou escravo deste charme
Vê que eu não sou de ferro.
Eu a desejo desde pequena
Da cidade bela da infância
O tempo se vai à distância
Não maltrata esse mecenas.
Peruíbe SP, 26 de
abril de 2024.
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