sexta-feira, 26 de abril de 2024

O DESATINO

 

Adão de Souza Ribeiro

Perdoa-me, minha amada

Se eu lhe desejei um dia.

Foi o momento de agonia,

De uma triste madrugada.

 

Estava só e sem ninguém,                            

Desejava o calor feminino

Meu coração em desatino

Eu acho que não convém.

 

Mulher, de mim não caçoa

Se aqui de tristeza eu choro

Sou como o pássaro canoro

Que sai a vagar por aí à toa.

 

Querer jamais foi um erro

Beijá-la é desejo da carne.

Sou escravo deste charme

Vê que eu não sou de ferro.

 

Eu a desejo desde pequena

Da cidade bela da infância

O tempo se vai à distância

Não maltrata esse mecenas.

 

Peruíbe SP, 26 de abril de 2024.

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