Adão de Souza
Ribeiro
Se eu morrer de repente
E sem avisar em tempo.
Enviarei algo pelo vento
A vida é só um incidente.
É veloz como locomotiva,
Que ao passar pela estação
Para uma rápida baldeação,
Parte e leva a sua comitiva.
Se eu morrer dormindo,
Perguntarem do pesadelo.
Morreu um pé de chinelo
Partiu versejando um hino.
Se eu morrer de enfisema
Ou diagnóstico qualquer.
Sei que lá posso escrever
Vou junto ao
meu poema.
Se eu morrer de madrugada
Antes mesmo de dizer adeus
E diga ao mundo: Não sofreu
Foi encontrar com sua amada.
Peruíbe SP, 28
de maio de 2022.
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