Adão de Souza
Ribeiro
Na longa estrada da vida
Nós temos duas estações
Da chegada e da partida.
E maquinista é o coração.
Todos estão apressados,
Na mão segura o bilhete
Triste acena ao passado,
Mas com voz em falsete.
Se vai ao sul ou ao norte
Ninguém sabe qual rumo
Só quer é arriscar a sorte
Se errar, acerta o prumo.
Na bagagem leva a mala
Cheia de coisa sem valor
E diante do mistério cala
Na curva algo a transpor.
As estações de embarque
Ali onde o passageiro fica.
Para partir cedo ou tarde,
Chama morte: outra, vida!
Peruíbe SP, 30
de maio de 2022.
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