Adão de Souza
Ribeiro
De repente, tudo estanca.
E o que foi, um dia, já era.
Nó preso na tua garganta
Sem pressa, agora espera.
A vida prega lá sua peça,
História do faz de conta.
E se for o ator, não peça
Nada, o autor
não conta.
E o amor na puberdade,
Que foi lindo virou tema.
Seja sincero, fala verdade:
“Será que valeu a pena?”
De que adianta egoísmo
Ou o diploma na parede
Se o mistério apaga isso
E a morte lança a rede?
Seu carro caro e do ano
Com o seu lindo castelo
Apenas o sonho profano.
Nada é seu e nem eterno.
O corpo curvo, dolorido.
Diante de tanta surpresa
Por que correr esse risco?
Devia ter tomado cerveja.
Peruíbe, 08 de
outubro de 2020.
4 comentários:
Adorei!
Mais uma vez, meus Parabéns...oh sábio guru! Saudades...
Lindo !!!
Parabéns 🌻🌻
Gostei 👏👏👏
Muito lindo e verdadeiro !!!!
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