No quintal da antiga casa.
De cores assim reluzentes,
Em suas danças atraentes
As borboletas batem asas.
Nas árvores, lá dos cumes,
Com lindas luzes de neon,
Piscam, sem perder o tom.
Um exército de vagalumes.
Já uma orquestra de grilos,
Com o ritmo bem afinado,
Cantam o hino do passado,
Sem titubear no estribilho.
E o atrevido sapo martelo,
Segurando firme a batuta
Trava ali sua grande luta,
Para ser o exímio maestro.
Com violino e seus acordes
Vêm penetras pernilongos,
Fazendo-se de uns mongos,
Para melar festa tão nobre.
As indesejadas mariposas
Feitas mulheres vulgares,
Buscam encontrar lugares
Entre os espinhos e rosas.
Do céu soam as trombetas
Anjos, em nome de Deus,
Dizem: “ Oh, Filhos meus,
Deixai voar as borboletas”.
Peruíbe SP, 14
de outubro de 2020.
3 comentários:
Elas voam e as vezes ao bater o vento forte as levas pra longe. Parabéns meu amigo poeta. Uma boa tarde.
Muito bom, me senti em plena serra do Itatins... a escrita nos permite isso, fazer nossa própria projeção de cenário.
Linda, poemas são remédios para a alma .Parabéns!!!!
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