quarta-feira, 14 de outubro de 2020

DANÇA DAS BORBOLETAS

 

 Adão de Souza Ribeiro

 

 

No quintal da antiga casa.

De cores assim reluzentes,

Em suas danças atraentes

As borboletas batem asas.

 

 

Nas árvores, lá dos cumes,

Com lindas luzes de neon,

Piscam, sem perder o tom.

Um exército de vagalumes.

 

 

Já uma orquestra de grilos,

Com o ritmo bem afinado,

Cantam o hino do passado,

Sem titubear no estribilho.    

 

 

E o atrevido sapo martelo,

Segurando firme a batuta

Trava ali sua grande luta,

Para ser o exímio maestro.

 

 

Com violino e seus acordes

Vêm penetras pernilongos,

Fazendo-se de uns mongos,

Para melar festa tão nobre.

 

 

As indesejadas mariposas

Feitas mulheres vulgares,

Buscam encontrar lugares

Entre os espinhos e rosas.

 

 

Do céu soam as trombetas

Anjos, em nome de Deus,

Dizem: “ Oh, Filhos meus,

Deixai voar as borboletas”.

 

 

Peruíbe SP, 14 de outubro de 2020.

3 comentários:

POESIAS SENSUAIS E CONTOS disse...

Elas voam e as vezes ao bater o vento forte as levas pra longe. Parabéns meu amigo poeta. Uma boa tarde.

Pedro Ballesteros disse...

Muito bom, me senti em plena serra do Itatins... a escrita nos permite isso, fazer nossa própria projeção de cenário.

léia disse...

Linda, poemas são remédios para a alma .Parabéns!!!!