Adão de Souza
Ribeiro
Lá vem Afrodite cantando hino,
A falar de amor, coisa sem nexo.
Mas ali, ainda feito um menino,
De nada sei, que é
desejo e sexo.
Calma e sedutora, por ser mulher,
Vem e se enrola no meu pescoço.
Oferece-me tudo o que bem quer
Eu não posso e fico em alvoroço.
Hipnotizado com tamanha beleza,
Caio nos braços, perco virgindade.
Amor perdoa o erro, louvado seja.
E lá se vai a pureza e a mocidade.
Se um dia, quis fugir de Afrodite,
Do seu corpo ardendo em chama.
Ela toda nua e com dedo em riste,
Disse: “Menino volta já pra cama”
Peruíbe SP, 31 de maio de 2020.
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