Adão de Souza
Ribeiro
Ultimamente, ando meio enfadonho,
Encabulado por tudo o que acontece.
Nas solitárias madrugadas até sonho,
Com mundo do além e extraterrestre.
Tem sido assim, uma vida de açoite,
Na luta desigual e flagelos sem fim.
E por quanto tempo passarei a noite
Afugentando os monstros de mim?
Monstros que na infância eu não tinha
E se tinha eram levados na brincadeira,
Às vezes eu passava à tarde inteirinha,
Brincando de criança, correndo ladeira.
Entregar a infância ao mundo moderno
Certo é que foi a pior loucura que eu fiz
Então vou virar a página deste caderno
Para de manhã, possa voltar a ser feliz.
Peruíbe SP, 14 de maio de 2020.
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