sexta-feira, 24 de junho de 2022

TEMPO PERDIDO

 

Adão de Souza Ribeiro

 

Quantas noites em branco,

Madrugadas mal dormidas

Era só o soluço e o pranto,

Que acalentava minha vida

 

A manhã sem ter alvorada

E as tardes sem por do sol

Tantas procuras por nada.

A enorme frieza do lençol.

 

São inacabados poemas,

Escritos com as lágrimas.

Dá no peito dor extrema

A saudade fica, dor passa

 

Quanto tempo já perdido

Sonho com o que não era

Meu coração está ferido,

Amanhã a nova quimera.

 

Peruíbe SP, 24 de junho de 2022.

 

 

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