Adão de Souza
Ribeiro
Quanta saudade da minha terra,
Onde até a beleza era por inteira.
A caboclinha espiava pela janela
Eu todo hipnotizado na porteira.
O rosto com a graça da natureza
O olhar muito além do horizonte
O desejo deslizava na correnteza
Tudo passa, parece que foi ontem.
Ela não sai jamais do pensamento
E eu me perco em frenesi e delírio
Quando lembro o cabelo ao vento
Procuro não chorar e não consigo.
Sei caboclinha vaidade não tinha
O seu jeito tão simples encantava
Não me esqueço daquela casinha,
Ali quieta, lá na beira da estrada!
Peruíbe SP, 30
de junho de 2022.
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