quinta-feira, 30 de junho de 2022

A CABOCLINHA

 

Adão de Souza Ribeiro

Quanta saudade da minha terra,

Onde até a beleza era por inteira.

A caboclinha espiava pela janela

Eu todo hipnotizado na porteira.

 

O rosto com a graça da natureza

O olhar muito além do horizonte

O desejo deslizava na correnteza

Tudo passa, parece que foi ontem.

 

Ela não sai jamais do pensamento

E eu me perco em frenesi e delírio

Quando lembro o cabelo ao vento

Procuro não chorar e não consigo.

 

Sei caboclinha vaidade não tinha

O seu jeito tão simples encantava

Não me esqueço daquela casinha,

Ali quieta, lá na beira da estrada!

 

Peruíbe SP, 30 de junho de 2022.

 

 

Nenhum comentário: