terça-feira, 21 de junho de 2022

COLO MATERNO

 Adão de Souza Ribeiro

 

Vem, senta no meu colo.

Dizia a voz com candura

E quando lembro, choro.

Da mãe em noite escura,

 

Na cadeira de balanço,

Fazia um longo cafuné.

Era como um rio manso,

Na imensidão do igarapé.

 

Entoava canções infantis,

Ninava sonhos inocentes,

Um cantar dos bem-te-vis

Ritmo do amor crescente.

 

Vem, no meu colo se deita,

Que eu velo o teu descanso.

Já dizia a mãe tão satisfeita

E fazia do afago seu manto.

 

Peruíbe SP, 21 de junho de 2022

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