domingo, 12 de junho de 2022

O DESATINO

 

Adão de Souza Ribeiro

 

Não pergunta por que te venero

Por que sofro paixão recolhida

Se tu queres que eu seja sincero

Só o coração sabe, minha amiga

 

Se de sofrer não me arrependo

Não questiona o meu desatino

Eu sou tão livre como o vento

É doce ilusão, coisa de menino.

 

Tudo na vida tem lá um preço

E faz do gostar algo mais belo

Por isso, amiga, é que padeço.

Sofro, choro e me descabelo.

 

Vida passou e fiquei adulto

Sei que não debutou o amor.

Por isso que até hoje eu luto

Para colher o néctar da flor!

 

 

Peruíbe SP, 12 de junho de 2022.

Nenhum comentário: