Adão de Souza
Ribeiro
Você nem imagina, seu moço,
Como é linda a vida no sertão.
Os pássaros em total alvoroço
Gorjeando uma alegre canção.
As águas cristalinas do riacho,
Na dança suave e sem pressa.
Por vales e campinas abaixo,
E ri, mas que pressa é essa?
Comida lá no fogão a lenha,
Já no quintal cisca a galinha
E no curral, a vaca ordenha.
Ali tristeza não tira farinha.
Coruja na cumeeira do paiol
Cafezal verde e todo florido
Na lagoa, matuto com anzol,
Não há nada mais divertido.
E nas noites de lua, a dança.
Com a bela cabocla da roça
A caipira, cabelo de trança.
E muito cobiçada. “Nossa!”
Peruíbe SP, 22
de março de 2022.
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