Adão de Souza
Ribeiro
Quantas vezes eu corri e como corri,
Atrás de velho sonho mal sonhado,
E atalhos, feitos labirintos aqui e ali.
Estrada era longa e sofri um bocado.
Naquela busca cega do que não sei,
Perdi-me ao longo de um caminho.
Eu menti para mim e fiz minha lei.
Pensando ser feliz, estou sozinho.
Sei, sou forte e não desisto nunca,
E mesmo que me ronda o cansaço.
E quanto mais a dor for profunda,
Terei o que tanto almejo, eu acho.
Vaguei por serra, vale e campina,
Fiz da tal felicidade minha meta.
Se for peregrino é a minha sina,
Eu vou vagando. O que me resta?
Peruíbe SP, l5
de março de 2022.
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