sábado, 5 de junho de 2021

CARTAS DE AMOR

 

Adão de Souza Ribeiro

Hoje eu queria escrever mil cartas

Embriagado pelo silêncio da noite

Porque no meu coração transpassa

A dor da saudade feito um açoite.

 

Sem medo e um pingo de pudor,

Declarar amor preso na garganta

E vai que um dia, se preciso for.

No poema, farei de ti uma santa.

 

Escrever frase de próprio punho

Com tintas da lagrima pesarosa.

E de cada sonho, farei rascunho.

Até tu tornares a fada glamorosa.

 

Cada momento traça uma linha,

Que vai duma realidade á ilusão.

Onde eu sou dela e ela é minha,

E não há limites para o coração.

 

As cartas lapidadas pelo tempo,

Impiedoso não espera ninguém.

Voz tão calada se vai ao vento,

Contar que este amor vai além.

 

Peruíbe SP, 05 de junho de 2021.

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