Adão de Souza
Ribeiro
Hoje eu queria escrever mil cartas
Embriagado pelo silêncio da noite
Porque no meu coração transpassa
A dor da saudade feito um açoite.
Sem medo e um pingo de pudor,
Declarar amor preso na garganta
E vai que um dia, se preciso for.
No poema, farei de ti uma santa.
Escrever frase de próprio punho
Com tintas da lagrima pesarosa.
E de cada sonho, farei rascunho.
Até tu tornares a fada glamorosa.
Cada momento traça uma linha,
Que vai duma realidade á ilusão.
Onde eu sou dela e ela é minha,
E não há limites para o coração.
As cartas lapidadas pelo tempo,
Impiedoso não espera ninguém.
Voz tão calada se vai ao vento,
Contar que este amor vai além.
Peruíbe SP, 05
de junho de 2021.
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