Adão de Souza Ribeiro
Minha vida é um mar revolto
E um barco em ondas bravias.
Bela gaivota ancorar no porto
Sonho náufrago que principia.
Corpo suado, tempo aniquila.
Contudo, a fé em nada muda.
Velha Canoa, a garra inspira,
O encarar de água profunda.
Canoeiro que desafia o tempo
A tempestade que não perdoa
E o braço forte encara o vento,
Conduz com calma sua canoa.
Se avizinhar a enluarada noite,
Ele vai em frente e sem medo.
Nas águas frias sabe seu norte,
Rompe mistérios e o rochedo.
Quando se vê bem à tardinha,
Uma canoa zarpando ao luar,
Vemos que a lua tão sozinha
Veleja junto do velho e o mar.
Peruíbe SP, 16
de fevereiro de 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário