sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

O LIVRO DA VIDA


Adão de Souza Ribeiro

Minha vida sempre foi um livro aberto

Com todas as suas páginas em branco.

Meu Deus, nunca se sabe bem ao certo,

Se fui um eterno pecador ou belo santo.

 

Escrita com letras góticas ou garrafais

Na mente e no coração deste mecenas.

Contam passados, sonhos e tristes ais,

Vividos no tempo da cidade pequena.

 

Quem lê aquele livro logo enternece,

Sem perceber, dele tanto se encanta.

Ajoelha, chora, ri e reza longa prece:

Menino simples e simplicidade tanta.

 

Histórias de fragmentos bem vividos

Colhidos lá no seu jardim da infância,

Que desabrocharam nos tempos idos.

Por isso exalam perfumada fragrância.

 

Se fechado ou aberto o livro da vida.

Deixa lição de que sentido tudo tem

O resto da história, que nele contida.

Contarei só no fim do ano que vem!

Peruíbe SP, 19 de fevereiro de 2021.


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