Querida árvore do campo,
Que lanças ao sabor do vento;
E que dorme sempre ao relento,
Neste teu sono sacrossanto.
Teu bailar, amiga, é divino!
Fazendo festa ao Eterno Criador.
Tuas verdes folhas cantam hinos,
Jubilosos hinos de amor.
É explêndida a tua madeixa
No colo morno do arrebol.
De noite a lua te beija,
De dia te abraça o sol.
Amiga, por que ficas aí parada,
A se envelhecer precocemente?
Vamos sair pela madrugada,
Para felicidade amar a gente.
Se te fere o machado
Tú em troca dás o fruto.
E não condenas o culpado,
Filho deste mundo bruto.
Do berço até a santa morte,
Temos sempre a presença tua
Mas que triste a tua sorte
Neste eito qualquer de rua!
Campinas SP, 08 de abril de 1982
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