Adão de Souza
Ribeiro
A vida é uma locomotiva
A puxar pesados vagões.
E nas suas vindas e idas,
Ela andava pelos sertões.
Parecia enorme serpente
Deslizando pelos trilhos.
Nos vagões tanta gente,
De doutor a andarilhos.
Cérebro era maquinista,
E para não ferir pessoas.
Tocava buzina, pianista.
E tudo seguia numa boa.
Levava pessoa ou carga,
Cruza vales e campinas.
A estrada curta ou larga
E ela já partia na matina.
Na estação ela descansa
E lá repõe a sua energia
Nada teme, não se cansa.
Está longe o fim do dia.
Locomotiva como a vida
Segue firme seu destino.
Leva tudo o que precisa.
Até o sonho de menino!
Peruíbe SP, 23 de
agosto de 2023.
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