Adão de Souza
Ribeiro
Quantas vezes te desejei
Sonhei abraçado contigo.
Eu fui plebeu, súdito e rei
Fiz um castelo escondido.
E as noites mal dormidas,
E tu no meu pensamento
Sorrias nas idas e vindas,
Mas eu sofria por dentro.
E outra beleza tamanha,
Nunca haveria de existir.
Mulher que toda manhã,
Hipnotiza com seu elixir.
Quantas vezes teu corpo
Abracei em total delírio.
Senti o cheiro e o gosto
Madrugadas de martírio.
Quantas vezes o coração
Chorou de saudade de ti.
Foi apenas a doce ilusão,
De um tempo que eu vivi.
Peruíbe SP, 31 de
dezembro de 2022.
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