Adão de Souza
Ribeiro
Deixa eu ser apenas a criança
Disse o menino tão peralta.
Não aprisiona minha infância
A vida é breve e tudo passa.
Brincar descalço pela rua,
Sem um pingo de vaidade.
E ter como parceira a lua,
A doce amiga de verdade.
Ser livre como a caravela
Que flutua suave no mar.
Toda criança que se preza
Ela nunca deixa de sonhar.
Andar debaixo da chuva
E correr pela enxurrada.
Leva da mãe uma surra
E diz: mas não fiz nada.
E deixa eu ser apenas eu,
Sem rótulo e sem destino
Pois só assim, meu Deus!
Eu volto a ser um menino.
Peruíbe SP, 17 de dezembro de 2022.
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