segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

NEM PECADOR, NEM SANTO

 Adão de Souza Ribeiro

 

Por que este dedo em riste

Não sou pecador, nem santo.

Meu amor não tem limite,

Não sei porque te amo tanto.

 

Se peco, porque te quero.

Se clamo, porque te gosto.

Mulher, deixa de lero-lero

Vem e deita no meu colo.


Tenha piedade, menina.

Sofrer, não aguento mais.

Amar será a minha sina.

O que passou, tanto faz.

 

Deixa beijar tua boca

E tocar neste teu corpo

Uma noite só, será pouca

Se não te amar, fico louco.

 

Se for minha, isso eu bem sei

Mulher de Pompéia ou Athenas

Digo que te prometo, por Deus,

Por você, farei tudo valer a pena!

 

São Paulo SP, 04 de dezembro de 2020