quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

ANDANÇAS

 

Adão de Souza Ribeiro

Vou arrumar as malas, sair por ai

Assim sem destino, sem um rumo

Sem tempo para chegar ou partir,

Fugir das regras e perder o prumo.

 

Dormir ao relento, sem esse apego

Comer as frutas na beira da estrada.

Viver cada momento. Tarde ou cedo

Fazer tudo que apetece e me agrada.

 

Já cansei e de ser puro e tão correto

Eu preciso descobrir novos mundos.

Estou cansado das mesmices, certo?

Busco os sentidos mais profundos.

 

Não desarrumo as malas de viagem

Porque não sei para onde é que sigo

Nas minhas andanças e na paragem

A vida é que me leva e não o amigo.

 

Peruíbe SP, 09 de dezembro de 2020.

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