sexta-feira, 27 de novembro de 2020

A PRINCESA E O PLEBEU

 

Adão de Souza Ribeiro

 

Como pode, um menino pobre,

Amar princesa de sangue nobre

Isso bem lá naquela antiga terra

Seria luta insana, a longa guerra.

 

Por ser nobre, um menino rico,

Desejava ela até correndo risco.

De triste romance, um fadário.

Ele meu parceiro, no primário.

 

O tempo passou, faliu o reino.

Princesa não mais, foi janeiro.

Menino pobre, hoje o escritor.

Que insiste em falar de amor.

 

Mas o reino do faz de conta,

Conta que o sonhar desponta

 A vida para as coisas belas,

Até sem a princesa Florisbela.

 

Trata-se de conto moribundo,

Entre a Dama e o Vagabundo.

Mas o reino já até escafedeu,

Só restou o sonho do Plebeu.

 

Peruíbe SP, 27 de novembro de 2020.

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