Adão de Souza
Ribeiro
Como pode, um menino pobre,
Amar princesa de sangue nobre
Isso bem lá naquela antiga terra
Seria luta insana, a longa guerra.
Por ser nobre, um menino rico,
Desejava ela até correndo risco.
De triste romance, um fadário.
Ele meu parceiro, no primário.
O tempo passou, faliu o reino.
Princesa não mais, foi janeiro.
Menino pobre, hoje o escritor.
Que insiste em falar de amor.
Mas o reino do faz de conta,
Conta que o sonhar desponta
A vida para as
coisas belas,
Até sem a princesa Florisbela.
Trata-se de conto moribundo,
Entre a Dama e o Vagabundo.
Mas o reino já até escafedeu,
Só restou o sonho do Plebeu.
Peruíbe SP, 27
de novembro de 2020.
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