Adão de Souza
Ribeiro
Menina, vem brincar comigo,
Em coisas de criança, casinha.
Faz de conta, sou teu marido.
E você é a linda esposa minha.
Brincar de ser feliz, oh meiga.
Pelas ruas da cidade pequena,
Antes que nossa velhice chega
E com ela, o fim deste poema.
Brincar de esconde-esconde,
Atrás da árvore, carro e viela.
No amor de pingue-pongue,
Eu corria, feliz descobria ela.
Brincar de tudo e muito mais.
Peteca, também, o passa anel.
Se não acertar, isso tanto faz.
Ganhará meu coração e o céu.
Sei lá, bambolê e de pula-corda,
De amarelinha
e o dono da rua.
Se te beijar na cantiga de roda,
Teremos como cúmplice a lua.
Sei que é rica, uma imperatriz
E eu desvalido moleque pobre
Brinque e não empine o nariz,
Para o amor, gesto tão nobre!!
Peruíbe SP, 01
de novembro de 2020.
3 comentários:
Muito bom hein
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Poema muito lindo,nos faz recordar da infância!!
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