Adão de Souza
Ribeiro
Ela caminha nua ali pela casa,
Mostrando as belezas da vida
Aquela cena tanto me agrada
Que embriaga a minha vista.
Eu feito homem esfomeado,
Quero pedaço da sua nudez.
Ela calma e olhando de lado,
Diz: “Espera chegar sua vez”.
Eu sei que ela não tem nome
Ela cuida da casa, da panela.
A fome que já me consome,
Quer devorar o coração dela.
O seio feito taça, ali me fita.
Seu sexo ardendo em brasa,
Por meu corpo clama e grita
Apaga esse fogo, me abraça.
Teu ventre branco se alegra
Faz feliz o
sonho da gente.
Ali na casa não existe regra
Ela: “Quero de ti, semente.”
A mulher nua e sem pudor,
Ao colher sua fruta de mim.
Partiu com a nudez em flor
E despiu um amor sem fim.
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