MORTE DO MATADOURO
Adão de Souza Ribeiro
Num tempo lá detrás,
A vida era um encanto
Tudo era alegria e paz
Choro ficava de canto.
O matadouro um lugar
De encontro marcado.
Não para ir lá brincar,
Mas ver matar o gado.
Do curral, via lá do alto
O boi de porte altaneiro.
Sonho findar num salto,
No golpe frio e certeiro.
Por ser ainda a criança,
Que a vida não entendia.
A natureza em vingança,
Mataria o prédio um dia
Dá um forte suadouro,
E meu coração acelera
Chora pelo matadouro
O tesouro de outra era.
Guaimbê SP, 23 de julho de 2020.
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