Adão de Souza
Ribeiro
O poeta é, para mim, um tolo,
Só ele acredita no que escreve
Pois, assim, de tijolo em tijolo
Constrói um mundo mais leve.
A velha régua é a sua métrica,
Para que verso não fique torto.
Se o verso lhe soar assimétrico
Apaga e começa tudo de novo.
E por ser metódico, ele se tortura.
Fica horas em busca da perfeição
No papel ou no caderno brochura
Cria sonho, é o arquiteto da ilusão
O que seria deste mundo tão louco
Sem os devaneios do amigo poeta?
Beleza da vida morreria aos poucos
Pereceria o coração, sirva de alerta.
Ele torna a poesia um lindo bálsamo
Do amor, o mundo nunca se esqueça
Que cada poema é um manso riacho.
Deus proteja o engenheiro das letras!
Peruíbe SP, 09 de
janeiro de 2024.
Um comentário:
Sempre aliviando espíritos com sua escrita muito bem intuidas... Parabéns...
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