terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O ENGENHEIRO DAS LETRAS

 

Adão de Souza Ribeiro

O poeta é, para mim, um tolo,

Só ele acredita no que escreve

Pois, assim, de tijolo em tijolo

Constrói um mundo mais leve.

 

A velha régua é a sua métrica,

Para que verso não fique torto.

Se o verso lhe soar assimétrico

Apaga e começa tudo de novo.

 

E por ser metódico, ele se tortura.

Fica horas em busca da perfeição

No papel ou no caderno brochura

Cria sonho, é o arquiteto da ilusão

 

O que seria deste mundo tão louco

Sem os devaneios do amigo poeta?

Beleza da vida morreria aos poucos

Pereceria o coração, sirva de alerta.

 

Ele torna a poesia um lindo bálsamo

Do amor, o mundo nunca se esqueça

Que cada poema é um manso riacho.

Deus proteja o engenheiro das letras!

Peruíbe SP, 09 de janeiro de 2024.

 

 

Um comentário:

Professor Aloísio disse...

Sempre aliviando espíritos com sua escrita muito bem intuidas... Parabéns...