Adão de Souza
Ribeiro
Quantas vezes gritei seu nome
Você passou e fingiu não ouvir
Até hoje saudade me consome
Sinto seu corpo cheiro de elixir.
Quantas vezes sonhei carícias,
Por todo corpo e nos cabelos.
Num toque puro, sem malícia
Fiz um castelo com tanto zelo.
Quantas vezes construí versos
Busquei esmero as rimas ricas
Vivo a chorar e me desespero
O sentimento não se explica.
Quantas vezes terei lágrimas
Para suportar a tamanha dor.
Eu sei que na vida tudo passa,
E que do beijo só fica o sabor.
Quantas vezes passou sozinha
Desfilando seu corpo feminino
Eu iludido queria como rainha
Vejo que é belo por ser divino.
Peruíbe SP, 04 de
setembro de 2022
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