Adão de Souza
Ribeiro
Iludir-se é direito do poeta
Ilusão é parte do seu labor.
E só a dor a ele empresta,
A inspiração para compor.
Poesia embriã atormenta,
Coração que muito sofre.
Nasce na alma desavença,
Faz perder rumo e o norte.
Escreve sobre a natureza.
E das desilusões do amor.
Venera pequena princesa.
Nem que sofra o dissabor.
E se neste mundo insano,
Não houvesse as poesias?
Amar seria o ato profano,
Numa vida eterna agonia.
Não sonha, não é mecenas;
Então será triste a vida sua.
Perecerá dos seus dilemas,
Sozinho num canto de rua.
Deixa poeta viver em paz.
Se vê-lo sonhar não critica.
Para o belo verso tanto faz,
Se ele é louco ou eremita!!
Peruíbe SP, 18 de
setembro de 2022.
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