Adão de Souza Ribeiro
De morrer não tenho pressa
Tenho muita pressa de viver
E a vida espreita pela fresta,
O que resta lá do entardecer.
De chorar não envergonho.
Envergonho de não sonhar.
Sonho tem poder medonho
De mudar as ondas do mar.
De amar eu não tenho medo
Medo tenho de ser misógino
Ódio de amar morrerá cedo.
É segredo:“Hétero, imagino”
De fracassar não me assusta
Assusta em ser um covarde.
O fracasso é só de quem luta.
Quando se arrepende é tarde.
De envelhecer não me apavora
Apavora passar brancas nuvens
Jovens nuvens lindas de outrora
Que na mente elas ainda surgem.
Peruíbe SP, 13 de
agosto de 2022.
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