domingo, 9 de janeiro de 2022

SE EU MORRER

 

Adão de Souza Ribeiro

Se eu morrer bem de madrugada,

Isso antes do romper da alvorada.

Durante uma noite fria de inverno,

Traga-me o calor do amor materno.

 

Se eu morrer lá bem no pôr do sol,

E contemplar no céu lindo arrebol.

Diga que vou morar lá no infinito,

Sei. Reina paz a alma e ao espírito.

 

Se eu morrer de amor de infância,

Que dele só restou doce fragrância.

Diga ao mundo inteiro e sem medo

Que vou em paz. Levo este segredo.

 

Se eu morrer de tanto amor e tédio,

Peça um chá caseiro, santo remédio.

Preciso viver e escrever mais poesia

Mudo de prosa. Chega de melancolia!

 

Peruíbe SP, 09 de janeiro de 2022.

 

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