Adão de Souza
Ribeiro
Se eu morrer bem de madrugada,
Isso antes do romper da alvorada.
Durante uma noite fria de inverno,
Traga-me o calor do amor materno.
Se eu morrer lá bem no pôr do sol,
E contemplar no céu lindo arrebol.
Diga que vou morar lá no infinito,
Sei. Reina paz a alma e ao espírito.
Se eu morrer de amor de infância,
Que dele só restou doce fragrância.
Diga ao mundo inteiro e sem medo
Que vou em paz. Levo este segredo.
Se eu morrer de tanto amor e tédio,
Peça um chá caseiro, santo remédio.
Preciso viver e escrever mais poesia
Mudo de prosa. Chega de melancolia!
Peruíbe SP, 09
de janeiro de 2022.
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