Adão de Souza
Ribeiro
Padre, o coração quem manda,
No sentimento, queira ou não.
Amei todas: Maria e Amanda
E preciso fazer uma confissão.
Aqui no santo confessionário,
De ti peço humilde clemência.
Penso que eu não fui salafrário
Por isso aceito toda penitência.
Amai a todos como a ti mesmo
Vi lá bem na Sagrada Escritura
Confesso, ó padre, este segredo.
Sem pensar, cometi tal loucura.
De quantos perdões eu preciso?
Confesso diante da alva batina,
Carne é
fraca, também o juízo.
Meus olhos já desejam Cristina.
Se não fosse a sua fé sacerdotal
De renúncia à mulher e ao sexo,
Diria com a alma e a força total:
“Eu te perdoo, você está certo!”
Peruíbe SP, 15 de janeiro de 2021.
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