sábado, 29 de outubro de 2011

PARAISO SACROSSANTO

Na paz infinita do quarto, uma mulher nua
E sobre o alvo lençol, ainda em desalinho,
Dormitam todas fantasias e a alma flutua
Livre como o vôo suave de um passarinho.

Ali, naquele paraíso manso e sacrossanto
Revestido de pureza e aroma adocicado,
Dois corpos entrelaçam e se amam tanto
Num cântico de prazer e não de pecado.

O tempo pára e a tarde calma, espera,
Para que eles dancem a valsa sonhada
Porque o amor vive de sonho, quimera
E se deleita no silêncio da madrugada.

No encontro divino de coração, de alma,
Duas vidas se tocam, numa fome voraz.
Essa sede amor, de desejo só acalma
Ao saber que a tristeza ficou para trás.

Peruíbe SP, 29 de outubro de 2011

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