quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

QUANTO TORMENTO

 

Adão de Souza Ribeiro

Quantas vezes te desejei,

Quantas noites em branco

Sonhei tanto que era o rei.

Eu acordei só e em pranto.

 

E até hoje me atormentas,

Com teu rosto belo e puro.

O coração com paciência,

Espera a olhar no futuro.

 

Tempo passa só o desejo,

Que permanece e ardente

Aquece feito um lampejo

A tua imagem na mente.

 

Se como rei eu te suplico

Que fujas e sem piedade

E esqueças que eu existo

Que morei na tua cidade.

 

Que não sejas o martírio

O meu amar tanto assim

Pois só tu és meu colírio,

Que faz tão bem a mim.

 

Quando não tiver força,

E não lutar mais por ti.

Que saibas, linda moça

É que triste, eu já morri!

Peruíbe SP, 16 de fevereiro de 2023.

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