Adão de Souza
Ribeiro
Vivo só como a lua,
Sei que a vida ensina.
Que a faceira menina
Não era para ser sua.
Ela foi viver a vida
E hoje é muito feliz.
Se tristeza criar raiz
Faz dela sua amiga.
E entra ano e sai ano
Vivo essa eterna luta
Perder só me assusta
Esse sentir tão tirano
Avida sem tal apego
Pode ter outro sabor
Viver o grande amor
Sei, não tem segredo.
Sonhar até que pode,
Mas não pode delirar.
Veja o brilho do luar,
Num amar tão nobre.
Se hoje vivo atônito
Sem ter para onde ir.
É que sinto o porvir
Do amor platônico!
Peruíbe SP, 17 de
fevereiro de 2023.
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