Adão de Souza Ribeiro
De repente os cabelos brancos
E no rosto as primeiras rugas.
Vê os passos lentos e trôpegos
Já para seguir vivo é uma luta.
Loucuras feitas na juventude,
Um dia, a vida vem e cobra.
Atitudes não tem mais saúde
Só lembrança é o que sobra.
A voz tão baixa e tão fraca
Olhos não veem horizonte.
Não ouve nada, cadê graça?
A memória é só de ontem.
Olfato não sabe do sabor
Audição chora a canção.
E quando jovem o amor,
Ele não vê, desde então.
Sei, passado será o futuro
E o amor que não é mais.
A vida é o filho imaturo,
Ele ri das dores e dos ais.
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