sábado, 13 de junho de 2020

O TREM DESGOVERNADO


Adão de Souza Ribeiro


Minha vida é um trem desgovernado
E o meu futuro é o zeloso maquinista
Nos trilhos, percorre o meu passado.
Viajar no velho trem, quem se arrisca?


Nas estações pacatas de meus sonhos
A locomotiva ali atraca para repensar.
E dentro do vagão, estou eu tristonho.
Leva para os montes ou para o mar?


Da janela, contemplo as belas colinas.
Uns riem e os outros dormem em paz,
Enquanto taciturno eu sigo minha sina
Qual tempo daquela viagem tanto faz.


Tenho que fazer a viagem sem pressa
Com uma missão guardada na mochila
Fazer poesia e pagar doces promessas.
Viagem acabou, vou descer nesta vila.


Peruíbe SP, 13 de junho de 2020.

3 comentários:

Unknown disse...

Nos remete a viagens no passado, um bom saudosismo relevando a pensamentos elevados cheios de boas lembranças ...

Unknown disse...

Lindissimo

Anônimo disse...

Lindo este poema e bem famoso