Adão de Souza
Ribeiro
Minha vida é um trem desgovernado
E o meu futuro é o zeloso maquinista
Nos trilhos, percorre o meu passado.
Viajar no velho trem, quem se arrisca?
Nas estações pacatas de meus sonhos
A locomotiva ali atraca para repensar.
E dentro do vagão, estou eu tristonho.
Leva para os montes ou para o mar?
Da janela, contemplo as belas colinas.
Uns riem e os outros dormem em paz,
Enquanto taciturno eu sigo minha sina
Qual tempo daquela viagem tanto faz.
Tenho que fazer a viagem sem pressa
Com uma missão guardada na mochila
Fazer poesia e pagar doces promessas.
Viagem acabou, vou descer nesta vila.
Peruíbe SP, 13 de junho de 2020.
3 comentários:
Nos remete a viagens no passado, um bom saudosismo relevando a pensamentos elevados cheios de boas lembranças ...
Lindissimo
Lindo este poema e bem famoso
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